Objetivo


quinta-feira, 5 de maio de 2016

O APRESSADO JULGAMENTO DE EDUARDO CUNHA PELO STF

Sessão histórica do STF afastando Eduardo Cunha da presidência da Câmara
Estamos diante de uma situação no mínimo estranha, quando, às vésperas  do impeachment da presidente Dilma Rousseff, que cometeu crimes de responsabilidade fiscal, além de ter destroçado as finanças do país , desempregando quase 12 milhões de trabalhadores, o STF afasta o Presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha.
Teori Zavascki lendo seu voto
Tanto é estranho que imediatamente a presidente Dilma Rousseff comemorou  e lamentou que a decisão do STF chegou tarde. Repetiu um dos  mantras de que ele não tinha legitimidade para comandar o impeachment na Câmara Federal e prometeu lutar contra. Seus aliados tomaram de assalto a mesa da Câmara Federal , e a deputada Luiza Erundina, do Psol , sentada na cadeira antes ocupada por Cunha fez um discurso inflamado até que o vice Waldir Maranhão chegou e encerrou a sessão. Esta comemoração certamente será seguida de mais ação dos governistas diante desta ajuda do STF.
Não se trata de defender o deputado, o qual deve responder pelos ilícitos que praticou mas, sim, estranhar a situação embaraçosa criada pelos ministros do STF, já que o Senado Federal está prestes a decidir  se afasta ou não a presidente  da República Dilma Rousseff.
Eduardo Cunha disse que é vingança e que vai recorrer 

Este julgamento do Supremo Tribunal Federal parece, à primeira vista, açodado , desproporcional e até mesmo realizado num momento não muito apropriado, quando passa por cima do Poder Legislativo, a quem caberia, em primeiro lugar julgar,  afastar o Presidente da Câmara Federal, já que existe em curso um processo na Comissão de Ética.

Dizer que o presidente da Câmara estaria atrapalhando o andamento deste processo, e por isto o STF decidiu suspender o seu mandato é no mínimo questionável.
Dilma comemorou o afastamento de Cunha, e disse que vai
continuar lutando contra o impeachment
 Não sou jurista, mas , muitos estão estranhando que até uma ADPF -Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental  - (É um tipo de ação, ajuizada exclusivamente no STF, que tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público) -  de autoria do partido Rede, de Marina Silva, que é uma franja do PT,  portanto, oposição a Eduardo Cunha, foi encaminhada às pressas para ser colocada na pauta de julgamento pelo ministro Ricardo Lewandowsky. Esta ADF entre outras coisas visa anular os atos recentes praticados por Cunha.
Este ministro, hoje, presidente do STF é  muito ligado ao ex-presidente Lula, que o nomeou e, também , à  presidente Dilma. Alguns de seus julgamentos e intervenções têm sido vistos por juristas e a sociedade brasileira como de tendência a beneficiar o governo.
Lembro que a presidente Dilma e o então Ministro da Justiça, Eduardo Cardoso foram denunciados pela Procuradoria Geral do Estado por tentativa de obstruir a Justiça com aquela famosa ação de mandar um tal de "Bessias" levar um termo de posse pro Lula assinar, e "só usar em caso de necessidade". Isto foi comprovado com a divulgação de um audio . Foi ai que a sociedade brasileira tomou conhecimento da manobra para dar foro privilegiado ao Lula, e que até virou meme nas redes sociais o "Tchau querida". Portanto, ela poderia ser afastada também por obstrução da justiça ?

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