Objetivo


segunda-feira, 30 de abril de 2012

VIOLÊNCIA - JORNALISTA FRANCESA VÍTIMA DA VIOLÊNCIA


Revista FATOSeFOTOS GENTE 19 de Maio de 1980

            Jornalista francesa é a mais nova vítima da violência


Foto João Gonçalves
Cena I – Praia dos Artistas, na Boca do Rio, em Salvador. Ali o topless ficou conhecido e acabou se impondo como novo costume adotado em todo o Brasil. Com tempo, as adeptas do topless se afastaram.
Hoje o local é frequentado por boêmios, estudantes e jornalistas, além de moradores do local. Ali vive a jornalista francesa Úrsula Sílvia Handjan.

Cena II – Casa de Úrsula, a Praia dos Artistas, noite. Nesse dia ela é espancada por um desconhecido, em seu quarto de dormir, durante uma tentativa de estupro. Depois de gritar por socorro, sem ser atendida, e sentir que o agressor iria vencê-la, conseguiu convencê-lo a desenterrar uma quantia em dinheiro escondido no jardim. Assim foge, pulando o muro.

Cena III – Enfermaria do Hospital Getúlio Vargas. Com o rosto e o pescoço marcado pelos golpes recebidos, Úrsula conta ao Delegado Luís Augusto Vitória Régis, da 9ª DP de Salvador, que não conhecia o agressor e acredita que ele a conheça de suas idas à praia, onde pratica o topless. Ao tentar descrever o maníaco, Úrsula chegou a chorar e negou categoricamente que tivesse sido estuprada.
O delegado disse que já prendeu alguns suspeitos, e a jornalista afirmou que pode identificar o agressor, além de acreditar que ele seja um dos frequentadores da Praia dos Artistas, que fica próxima à famosa praia de Itapoã. Além disso, por coincidência, Úrsula dormia em casa na noite da agressão apenas em companhia de seu filho de 1 ano e meio.
Mesmo negando ter sido estuprada, Úrsula será submetida a exame de corpo de delito, segundo informou o delegado. Aliás, o delegado não acredita que o criminoso tenha entrado em casa da jornalista francesa tentando pegar dinheiro, já que ele só a largou para cavar no quintal em virtude da forte resistência de Úrsula.
De qualquer modo, causa estranheza o fato de que ninguém ouviu Úrsula gritar por socorro. Nem mesmo sua vizinha Bia, com quem a francesa deixou seu filho antes de se dirigir ao Hospital Getúlio Vargas.






Nenhum comentário: