Objetivo


sexta-feira, 6 de abril de 2012

AGRONEGÓCIO - FÁBRICA DOS PRODUTORES DERRUBA UMA BARREIRA SECULAR

COPERCACAU
Depois de liderar o comércio de cacau, a meta é a industrialização.

Com a recente aprovação pelo Conselho Deliberativo da Sudene, do Projeto Itaisa, da Copercacau, foi dado sinal verde para a construção da fábrica que industrializará o cacau produzido pelos associados, e que resultará em numerosos benefícios sociais para todos os produtores rurais da região cacaueira. Hoje, a Copercacau é a primeira empresa na comercialização do produto em todo país, e a construção da fábrica vai abrir novas fronteiras, como compensação do esforço empregado pelo produtor, que passará a entregar o produto industrializado e semi-industrializado. Além disto, a usina proporcionará novos empregos à comunidade da região cacaueira e representará novas divisas para o país.

O atual presidente da Copercacau, Paulo Cardoso Pinto, espera iniciar dentro de pouco tempo as obras civis da usina, que conta com a participação do grupo francês Barry, dono de um know-how reconhecido em todo o mundo. Diz Paulo Pinto que “vamos promover a integração de considerável contingente de produtores de cacau, que, hoje, estão dedicados exclusivamente à agricultura para a atividade industrial, através de nossa cooperativa, beneficiando de imediato sete mil associados. A implantação desta indústria dos produtores será um fator de fixação da poupança no complexo regional e representa o rompimento de uma barreira secular”.

Dois séculos

 Muitos ainda não atentaram para a importância do Projeto Itaisa para toda uma classe – a dos produtores – que há dois séculos vem produzindo e vendendo o cacau à mercê das especulações do mercado. Eles passarão a saber detalhes dos preços nas bolsas dos produtos industrializados e semi-industrializados, com uma fábrica que lhes pertence e da qual são acionistas, na qualidade de associados da Copercacau.
A Itaisa, empresa que dá o nome ao projeto, é uma sociedade anônima existente há doze anos, criada na cidade de Itabuna, com capital levantado no meio da lavoura. Agora foi reativada e será responsável pela implantação da fábrica para o processamento do cacau dos produtores. A sua composição acionária inclui a Copercacau-Central, com 40% do capital votante, capital ordinário; o grupo francês Cacao Berry, fornecedora do know-how e subscritora de 40% do capital ordinário; a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – Ceplac, com, no mínimo, 11%; o Instituto do Cacau da Bahia com 5%, e o restante para os acionistas locais independentes que desejarem subscrever ações. Assim, através da Copercacau-Central e da Ceplac, estará assegurada uma participação de 51%, sem contar a participação do Instituto do Cacau da Bahia e acionistas independentes, dando a tranquilidade do controle da empresa em mãos de capital brasileiro.
Vantagens .
 O presidente da Copercacau-Central, Paulo Cardoso Pinto, ressalta que a participação do produtor na industrialização do cacau representa mais uma opção na comercialização, além dos resultados agregados. E explica dizendo que hoje comercializamos o cacau natural, já obtendo vantagens para a lavoura e, agora, avançaremos para a industrialização. Para isto – continuou com financiamento do Banco do Nordeste do Brasil, incentivos fiscais e recursos do FINOR. Já temos um terreno do Centro Industrial de Ilhéus e vamos transformar 500 mil sacos anuais de cacau em massa, manteiga e torta de cacau.
– Como já estamos vendendo cacau em grande quantidade, pois somos a primeira empresa em total de vendas, isto vem provar que o sistema cooperativo é válido e forte. Hoje já garantimos um preço mais ou menos estável, mesmo para aqueles produtores que não são associados da Copercacau. O ingresso do sistema cooperativo na indústria terá também outros resultados excepcionais, porque vamos poder testemunha o preço do cacau e o próprio governo vai arrecadar seus impostos com mais segurança, porque atualmente não temos os preços dos produtos industrializados, pois só recebemos o registro das vendas e das negociações em amêndoas.

O presidente da Copercacau-Central, Paulo Cardoso Pinto, afirmou ainda que “estamos comercializando cerca de 500 mil sacos por trimestres e temos espalhados em 117 municípios da região cacaueira depósitos que nos permitem a estocagem do produto. O nosso depósito central localizado em Ilhéus tem capacidade para mais de 80 mil sacas e tudo isto vem beneficiando o produtor”.
Além da comercialização, e agora, em sua nova fase da industrialização, a Copercacau-Central distribui materiais agrícolas a seus associados, e também dá educação, com vistas a fortalecer o sistema cooperativo na região cacaueira.

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